segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Síndrome de Peter Pan

Crescer e virar adulto são processos naturais da vida. A fase adulta de uma pessoa é marcada pelas suas responsabilidades e posturas que a vida requer e cobra.

Infelizmente, ao chegar a fase adulta, muitos se sentem totalmente desconectados com sua nova realidade. E por não se enquadrarem em sua nova realidade, muitos acabam criando um mundo fantasioso.

Fugir para um mundo de fantasias parece ser o caminho mais cômodo para a fuga da realidade da vida adulta. Fico pensando em vários que tomaram o caminho da fuga. O comportamento deles assemelha-se ao personagem de história infantil Peter Pan.
Os fugitivos da vida adulta, assim como Peter Pan, possuem sua fadinha mágica, que sempre está ao seu lado para o que der e vier. A fadinha mágica representa na vida dos que sofrem de síndrome de Peter Pan o desejo de viver em constante ilusão, nunca enfrentando a realidade e sempre buscando auxilio nos poderes não reais para assim não enfrentarem sozinhos os desafios que a vida adulta cobra e exige que passemos.

Os que sofrem (será que eles sofrem? Ou ficam dodói?) da síndrome de Peter Pan vivem em uma pequena e muito distante ilha chamada Terra do Nunca em constante isolamento de outros adultos. Viver no mundo adulto é algo muito perigoso, algum malvado capitão-gancho, (que representa o lado ruim da vida adulta) pode querer tirá-lo do seu mundo encantado.

Os possuidores da síndrome de Peter Pan estão sempre cercado de crianças e adolescentes para juntos viverem grandes aventuras. O relacionamento adulto exige maturidade e compromisso, valores considerados intoleráveis para eles. Conviver com crianças e adolescentes requer menor rigor e regras. Para identificar quem sofre da síndrome de Peter Pan é muito fácil: não gostam de companhias de adultos da mesma faixa etária ou superior. Ainda gostam de vestir-se como adolescentes e a linguagem mais evoluída em que conseguem se expressar é semelhante a um adolescente em torno dos seu quinze ou dezesseis anos.

“Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, pensava como menino; quando cheguei a ser homem, desisti das coisas próprias de menino.”

(1 Coríntios 13:10,11)

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