quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Fila Pra Tudo

Certa vez ouvi uma história muito interessante contada por um certo Rodolfo. Rodolfo morava em uma república de estudantes. Todos os dias ao acordar tinha que enfrentar uma fila para usar o banheiro. Coitado do Rodolfo! Sempre que era a vez dele ir comprar pão na padaria a fila para pagar parecia que era maior do que os outros dias. Filas eram presentes em todos os momentos do dia-a-dia de Rodolfo. Para ir ao trabalho enfrentava a fila do ônibus, depois a fila do elevador e a fila do refeitório sempre andava a passo de tartaruga.
Rodolfo sempre muito impaciente não suportava ficar muito tempo em uma fila. Nos finais de semana ele costumava ir ao estádio ver o seu time jogar. Entrar na fila pra comprar ingressos era algo que o atormentava. Antes de sair para um teatro, cinema ou algum show, ficava imaginando qual seria o tamanho da fila.
Um dia Rodolfo acordou passando mal. Desesperado, logo tomou a decisão de ir a um hospital. Naquele dia a fila do banheiro, a fila da padaria e a fila do ônibus pareciam mais lentas do que todos os outros dias. Chegando ao hospital Rodolfo teve que esperar em uma enorme fila para ser atendido. O tempo de espera na fila foi muito grande e Rodolfo não suportou. Caiu no chão morto. De repente como se fosse uma, visão Rodolfo se viu frente a frente com uma pessoa vestida de preto. Curioso, Rodolfo quis saber onde ele estava e quem era aquela figura tão estranha. Ficou paralisado e muito transtornado com a seguinte resposta: eu sou a morte, por favor queira voltar, entre na fila por que ainda não chegou a sua vez. Não fure a fila!
Paciência e esperança são virtudes que devemos cultivar em todos os dias da nossa vida. Independente das lutas e dificuldades que enfrentamos na vida, devemos ser pacientes e a cada dia renovar e fortalecer a nossa esperança.

sábado, 11 de outubro de 2008

Caixinha de glube glube

Em certa ocasião ouvi a história de uma pessoa que durante toda a sua vida foi fascinado por caixinhas de glube glube. Todo o prazer e satisfação que ele tinha era quando recebia dinheiro do seu pai para comprar uma caixinha de glube glube.
O fascínio pelas caixinhas de glube glube começaram bem cedo. No aniversário de cinco anos ele falou para o seu pai: papai eu não quero uma bicicleta, eu quero uma caixinha de glube glube! Estranhando aquele pedido o seu pai o atendeu, mesmo não entendendo como ele rejeitou algo tão desejado pelas outras crianças da mesma idade. Quando completou sete anos chorou muito, pois não queria um vídeo game novo, isso não trazia satisfação, ele quis mais uma caixinha de glube glube.
Quando ele começou a estudar no colégio o seu pai decidiu comprar um computador. Ele, firmemente relutante contra tal compra preferiu mais uma caixinha de glube glube. Internet, e-mail, MSN, jogos e programas não dariam a mesma satisfação que uma caixinha de glube glube o daria.
Todos os seus amigos, vizinhos e parentes ficaram chocados e espantados com ele que recusou ganhar um carro quando passou em primeiro lugar geral no vestibular de Engenharia Química. Nada mais poderia ser mais relevante para comemorar tal conquista do que ter em mãos mais outra caixinha de glube glube. Assim, fascinado pelas caixinhas de glube glube, durante toda a sua vida abriu mão, e deixou de usufruir de muitas coisas boas.
Quando o seu pai se encontrava muito idoso, e bastante doente, restando pouco tempo de vida, chamou o seu filho e lhe perguntou: o que você quer que eu te deixe de herança? Imóveis? Fazendas? Lojas? Não quero nada disso papai – respondeu prontamente o jovem. Quero apenas muitas caixinhas de glube glube.
Muito nervoso, o seu pai pediu-lhe para ver onde ele guardava todas as caixinhas de glube glube. Segurando nas mãos do seu velho pai o levou as margens do rio que passa próximo ao local onde moravam, pegou uma caixinha de glube glube, e radiante de uma indescritível alegria lançou-a no rio e extasiado ouvia o barulho da caixa afundar rio adentro: glube! glube! glube! glube!
Não viva atrás de coisas triviais. Sua vida tem um propósito nobre. Valorize cada conquista e usufrua de modo responsável de tudo o que vier a possuir.