sábado, 11 de outubro de 2008

Caixinha de glube glube

Em certa ocasião ouvi a história de uma pessoa que durante toda a sua vida foi fascinado por caixinhas de glube glube. Todo o prazer e satisfação que ele tinha era quando recebia dinheiro do seu pai para comprar uma caixinha de glube glube.
O fascínio pelas caixinhas de glube glube começaram bem cedo. No aniversário de cinco anos ele falou para o seu pai: papai eu não quero uma bicicleta, eu quero uma caixinha de glube glube! Estranhando aquele pedido o seu pai o atendeu, mesmo não entendendo como ele rejeitou algo tão desejado pelas outras crianças da mesma idade. Quando completou sete anos chorou muito, pois não queria um vídeo game novo, isso não trazia satisfação, ele quis mais uma caixinha de glube glube.
Quando ele começou a estudar no colégio o seu pai decidiu comprar um computador. Ele, firmemente relutante contra tal compra preferiu mais uma caixinha de glube glube. Internet, e-mail, MSN, jogos e programas não dariam a mesma satisfação que uma caixinha de glube glube o daria.
Todos os seus amigos, vizinhos e parentes ficaram chocados e espantados com ele que recusou ganhar um carro quando passou em primeiro lugar geral no vestibular de Engenharia Química. Nada mais poderia ser mais relevante para comemorar tal conquista do que ter em mãos mais outra caixinha de glube glube. Assim, fascinado pelas caixinhas de glube glube, durante toda a sua vida abriu mão, e deixou de usufruir de muitas coisas boas.
Quando o seu pai se encontrava muito idoso, e bastante doente, restando pouco tempo de vida, chamou o seu filho e lhe perguntou: o que você quer que eu te deixe de herança? Imóveis? Fazendas? Lojas? Não quero nada disso papai – respondeu prontamente o jovem. Quero apenas muitas caixinhas de glube glube.
Muito nervoso, o seu pai pediu-lhe para ver onde ele guardava todas as caixinhas de glube glube. Segurando nas mãos do seu velho pai o levou as margens do rio que passa próximo ao local onde moravam, pegou uma caixinha de glube glube, e radiante de uma indescritível alegria lançou-a no rio e extasiado ouvia o barulho da caixa afundar rio adentro: glube! glube! glube! glube!
Não viva atrás de coisas triviais. Sua vida tem um propósito nobre. Valorize cada conquista e usufrua de modo responsável de tudo o que vier a possuir.

2 comentários:

Anônimo disse...

Muito interessante e cativante o texto nobre colega... Sinto me honrado em te-lo como irmão, amigo e colega... Nele que nos vocacionou. Grande Abraço

Lorenna disse...

Meu amor, que Deus continue te dando Sabedoria e Inteligencia para continuar Escrevendo estes textos lindos e realistas...
Te amo muito e espero algum dia te ajudar em alguns deles...
Te amoooo
Parabens!!!!!!
Sua Noiva....
Lorenna Souza